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ANALISE DO LEITE DE ESPÉCIES PRESENTE EM NO NOSSO BIOMA COM
PROPÓSITO DE CONSUMO HUMANO

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– Processos Químicos por

Eduardo Rodrigues Costa
Otavio Henrique Guimaraes Leal
Gabriel Pedreiro Crepaldi
Marcos Tavares Ferreira

UNIVERSIDADE BRASIL ENGENHARIA QUÍMICA
Artigo – Processos Químicos
Eduardo Rodrigues Costa
Otavio Henrique Guimaraes Leal
Gabriel Pedreiro Crepaldi
Marcos Tavares Ferreira
ANALISE DO LEITE DE ESPÉCIES PRESENTE EM NO NOSSO BIOMA COM
PROPÓSITO DE CONSUMO HUMANO
Junho,2022.
FERNANDÓPOLIS – SÃO PAULO – BRASIL

Sumário
Resumo……………………………………………………………………………………………….. 3
Abstract ……………………………………………………………………………………………….. 4
Introdução ……………………………………………………………………………………………. 5
Metodologia………………………………………………………………………………………….. 7
Análise de Alizarol em leite:…………………………………………………………………. 7
Análise de Gordura no Leite: ……………………………………………………………….. 9
Extrato seco total em leite:…………………………………………………………………. 10
Extrato seco desengordurado em leite: ……………………………………………….. 11
Crioscopia em leite: ………………………………………………………………………….. 12
Redutase em leite:……………………………………………………………………………. 13
Detecção de cloro em leite: ……………………………………………………………….. 15
Detecção de cloreto em leite: …………………………………………………………….. 15
Detecção de substâncias alcalinas em leite: ………………………………………… 17
Análise de sacarose em leite:…………………………………………………………….. 18
Detecção de formaldeído (formol) em leite:………………………………………….. 19
Análise da densidade do leite: ……………………………………………………………. 20
Determinação de álcool etílico em leite: ………………………………………………. 21
Acidez Dornic em leite: ……………………………………………………………………… 23
Resultados: ………………………………………………………………………………………… 25
Referências bibliográficas: ……………………………………………………………………. 27

Resumo
O proposito dessa pesquisa é para apresentar dados de alguns compostos
presentes em leite de algumas espécies de animais mamíferos, onde o ser
humano consuma seu leite, como das espécies bovinas e bubalinas. Também
apresentar que mesmo dentro das mesmas espécies possa apresentar alteração
no valor por ser de outras raças ou possuir um regime diferente, mudando assim
a perspectiva de leite. Leite recém tirado da ordenha ira apresentar resultados
diferentes pois também não passou pelo processo de padronização de um
laticínio.

Abstract
The purpose of this research is to present data on some compounds present
in the milk of some species of mammals, where humans consume their milk, such
as bovine and buffalo species. Also to present that even within the same species
it can present alteration in the value for being of other races or having a different
regimen, thus changing the perspective of milk. Freshly expressed milk will
present different results as it has not gone through the standardization process
of a dairy.

Introdução
O leite contém um tipo de açúcar chamado lactose, esse açúcar é digerido
no estômago por uma enzima chamada de lactase. Essa enzima é produzida no
corpo de bebês para digerir o leite materno, no entanto, quando cresce, os bebês
param de produzir essas enzimas e elas se tornam inativas. Quando se ingere o
leite sem essas substâncias para fazer a quebra da enzima, faz com que a
pessoa tenha gases, cólicas e até mesmo diarreia.
Em outros mamíferos, a lactase, não está presente em adultos, como
vacas, cães ou gatos, por exemplo. Tendo isso em vista, vale notar que, os
primeiros humanos a tomarem leite, passavam mal por causa disso. No entanto,
com o passar do tempo, alguns humanos continuaram a manter suas enzimas
lactase ativas, mesmo depois de adulto.
Segundo a professoras Laure Ségurel, do Museu da Humanidade em
Paris, A persistência da lactase começou no sul da Europa há cerca de 5 mil
anos e depois, na Europa central a cerca de 3 mil anos. Os primeiros a consumir
o leite animal, foram alguns fazendeiros que já trabalhavam com gado.
O consumo de leite foi extremamente importante para a raça humana
porque trouxe uma fonte nova de nutrientes. Reduzindo os riscos de passarem
fome, mas isso por si só, não se sustenta em uma análise mais aprofundada.
Os benefícios de beber leite
Acredita-se que o consumo de leite forneça mais benefícios do que
apenas os seus nutrientes. As pessoas que mantem uma criação de gado por
perto, estar suscetível a suas doenças. Talvez, beber leite de vaca forneça
anticorpos contra algumas dessas infecções. Tendo como base o fato de o leite
materno ser o principal protetor para os bebês durante a amamentação.
Nosso assunto será voltado no estudo de compostos presentes em quatro
tipos de leite sendo três desses leites de origem bovina sendo comparada ao
leite bubalino que são consumidos no mercado brasileiro, a pesquisa se inicia
com o estudo das raças bovinas como girolando, nelore e holandesa e do leite
do tipo bubalino, no nosso caso a raça que coletamos os leites é de um
cruzamento da raça Jafarabadi e Murrah.
A raça Girolando leiteiro nasce a partir do cruzamento de duas raças
diferentes a raça Gir e a raça Holandesa, o surgimento de tal raça no brasil é

notada por volta de 1940-1950. Com grande capacidade de produção de leite.
Com origem no país a raça Girolando possui suas peculiaridades das demais
raças como por exemplo a facilidade de adaptação em todas as regiões e climas
do brasil tornando-as uma raça muito lucrativa. As fêmeas, por sua vez, por
questões morfológicas e fisiológicas têm seu ciclo de início de produção ainda
bem novas com aproximadamente 36 meses e se estende por volta de mais 15
anos de produção. (GONSALES, 2021).
O gado nelore, hoje conhecido no brasil, é de origem indiana, tendo seu
desembarque no país na metade do século XIX de acordo com os registros.
Comercializados inicialmente como gado leiteiro, porém pelas suas
características e desenvolvimento genéticos tornou-se melhor na produção de
carne. De acordo com dados hoje o Brasil conta com cerca de um rebanho de
200 milhões de animais, onde cerca de 80% são destinados a produção de
carne. (associação dos criadores de nelores do brasil, 2006).
A raça holandesa conhecida por ser umas das maiores produtoras de
leite, tem origem europeia, indicando presença na Holanda setentrional, Países
Baixos e Alemanha. Sua produção de leite pode chegar a mais de 50 litros de
leite por dia, tendo outra vantagem de que apresenta um teor de gordura baixo.
A raça conhecida hoje em dia é uma mesclagem das vacas das regiões de
origem com o cruzamento o gado foi possuindo uma pelagem de cor branca e
preta, segundo Paulinho Cavalcanti (1935), o gado foi trazido ao brasil nos anos
de 1530 a 1535.
O leite bubalino apresenta uma maior qualidade nutricional, sendo mais
saudável ao leite de vaca. O brasil possui o maior rebanho de búfalo do ocidente,
sendo boa parte presente na ilha de marajó, de onde se originou o búfalo no
brasil.

Metodologia
Essa análise foi realizada no município de Iturama-MG, sendo baseada no
sistema de análises da Usina de Laticínios Jussara S/A, filial de Iturama-MG,
localizada na Rua Córrego Boiadeiro 256.
A pesquisa desenvolvida foi experimental de natureza analítica, onde se
buscou obter resultados em nível analítico de análise de leite, a fim de comparar
a qualidade do leite de 3 raças de vacas e o leite de búfala. A figura X mostra
as etapas do desenvolvimento do processo de pesquisa.
Figura 1: etapas do desenvolvimento do processo de pesquisa.
Fonte: Autoria própria


Análise de Alizarol em leite:
Essa análise tem como objetivo avaliar a qualidade da matéria prima através
da verificação da estabilidade das proteínas e grau de acidez do leite.
Essa prova consiste na combinação da prova do álcool com a determinação
colorimétrica do pH, através do indicador alizarina, de forma a poder observar
simultaneamente a floculação da caseína e a viragem da cor devido ao pH de
acordo com a instrução Normativa n°68, de 12 de dezembro de 2006.

Figura 2: análise do Alizarol presente no leite.


Fonte: autoria própria.
Materiais utilizados:
• Alizarol 80°GL
• Pipeta graduada
• Tubo de ensaio (copo descartável)

Análises realizadas:

  1. Homogeneizar a amostra
  2. Pipetar a quantidade da pipeta da amostra e descartar.
  3. Adicionar 2ml da amostra em tubo de ensaio.
  4. Adicionar 2ml de Alizarol 80°GL
  5. Observar a coloração e o aspecto.


    Análise de Gordura no Leite:
    Essa análise tem como objetivo determinar a quantidade de gordura presente
    no leite.
    Denomina-se análise de gordura o tratamento da amostra com ácido sulfúrico
    e álcool isoamílico. O ácido digere as proteínas que se encontra, ligado a
    gordura, diminuindo a viscosidade do meio, aumentando a densidade da fase
    aquosa e fundindo a gordura devido à liberação de calor proveniente da reação,
    o que favorece a separação da gordura pelo extrator (álcool isoamílico). A leitura
    é feita na escala graduada no butirômetro após a centrifugação, de acordo com
    a Instrução normativa n°68, de 12 de dezembro de 2006.
    Materiais utilizados:
    • Ácido sulfúrico P.A. –densidade 1,820 a 1,825 a 20°C;
    • Álcool Isoamílico P.A – densidade 0,815;
    • Butirômetro de leite;
    • Centrífuga 1200 rpm calibrada;
    • Frasco com bico de papagaio de 10ml;
    • Frasco com bico de papagaio 1ml;
    • Pipeta volumétrica de 11ml.
    Figura 3: centrifuga.
Fonte: autoria própria

Análises realizadas:

  1. Adicionar 10 ml de Ácido Sulfúrico para análise de leite, em um
    butirômetro seco.
  2. Pipetar 11ml de leite e adicionar lentamente no butirômetro.
  3. Adicionar 1ml de Álcool Isoamílico.
  4. Fechar com rolha seca até metade da altura dela.
  5. Proteger o butirômetro com papel toalha e agitar vigorosamente
    pressionando a tampa para evitar a sua projeção.
  6. Centrifugar por 5 minutos a 1200 rpm.
  7. Manejar cuidadosamente a rolha para que a camada amarela clara
    transparente fique dentro da área graduada do butirômetro.
  8. Interpretar o resultado com a camada oleosa posicionada no início da
    escala graduada.
    Extrato seco total em leite:
    O objetivo é determinar o percentual de sólidos totais presentes no leite in
    natura. A metodologia utilizada segue a instrução normativa n68, de 12 de
    dezembro de 2006.
    Análises Realizadas:
  9. Pegar e anotar os resultados da análise de gordura e densidade da
    amostra
  10. Calcular o extrato seco total da amostra através da seguinte fórmula:
    𝐸𝑆𝑇% =
    𝐺
    5
    +
    𝐷
    4
  • 𝐺 + 0,26
    Ou
    𝐸𝑆𝑇% = 1,2 × 𝐺 + 0,25 × 𝐷 + 0,26
    11
    Onde:
    • EST%= Porcentagem de extrato seco total na amostra;
    • %G= Porcentagem de gordura na amostra;
    • D= Densidade da amostra.
    Extrato seco desengordurado em leite:
    Serve para determinar o percentual de sólidos desengordurados presentes
    no leite in natura, ou seja, quantificar todo os sólidos presente no leite, exceto a
    gordura.
    O leite em condições normais tem sua porcentagem de sólidos
    desengordurados acima de 8,4. Estes valores variam de acordo com a origem
    do gado, trato, clima, período de lactação e época do ano. Normalmente no
    inverno, em conjunto com a seca, o leite tem uma elevação dos sólidos e uma
    redução no volume produzido. A metodologia utilizada para tal análise segue a
    Instrução Normativa n68, de 12 de dezembro de 2006.
    Análises Realizadas:
  1. Anotar os resultados da análise de EST e gordura da amostra
  2. Calcular o extrato seco desengordurado da amostra através da seguinte
    fórmula:
    %𝐸𝑆𝐷 = %𝐸𝑆𝑇 − %𝐺
    Onde:
    • EST%=Porcentagem de extrato seco total na amostra;
    • ESD%=Porcentagem de extrato seco desengordurado em leite;
    • %G: Porcentagem de gordura na amostra.


    Crioscopia em leite:
    Tem a função de determinar o ponto de congelamento do leite a fim de
    verificar possível fraude por aguagem. Denomina-se análise de crioscopia em
    leite aquela feita para detectar adulteração no produto objetivando impedir sua
    utilização. De acordo com a Instrução Normativa n68, de 12 de dezembro de
    2006, esta metodologia tem o objetivo de determinar o ponto de congelamento
    do leite, que é dependente da concentração de sólidos solúveis da amostra.
    Materiais, produtos e utensílios necessários:
    • Crioscópio Eletrônico Digital;
    • Papel Higiênico Macio;
    • Pipeta Graduada de 5 ml;
    • Tubo para Crioscopia.


Figura 4: crioscópio eletrônico digital.
Fonte: autoria própria
  1. Homogeneizar a amostra de leite;
  2. Pipetar a quantidade da pipeta de amostra e descartar;
  3. Pipetar, em um tubo para crioscopia, 2,5 ml da amostra;
  4. Colocar o tubo com a amostra na câmara refrigeradora sob o cabeçote;
  5. Apertar a tecla “operação” ou “analisar” para que o cabeçote se abaixe,
    dando início ao congelamento da amostra.
  6. Aguardar análise e verificar no painel digital o resultado que é dado
    diretamente.
    PADRÃO: -0,530 H – -0,555 H

    Redutase em leite:
    Ele determina o poder redutor do leite, ou seja, determinar de forma indireta
    sua riqueza microbiológica. O poder redutor do leite é consequência de sua
    riqueza microbiológica. Quanto maior o número de microrganismos, mais rápida
    a degeneração no indicador azul de metileno. O tempo de redutase é o intervalo
    de tempo da mudança de coloração azul para branco, ou seja, diferença entra a
    hora inicial e final da análise.

    Figura 5: Azul de metileno.
Fonte: autoria própria.
  1. Pipetar no tubo de ensaio 1ml de azul de Metileno;
  2. Pipetar a quantidade da pipeta de amostra e descartar;
  3. Pipetar 10ml de leite, adicionar no tubo de ensaio e fechar a tampa
    própria;
  4. Identificar o tubo de ensaio com a origem da amostra e a hora inicial da
    análise;
  5. Verter lentamente o tubo de ensaio de um lado para o outro para obter
    uma boa homogeneização;
  6. Colocar em banho-maria a 37°C;
  7. A cada 15 minutos verificar se houve descoloramento da amostra de azul
    para branco e verificar o tempo que levou para ocorrer este
    descoloramento.

    Figura 6: análise de redutase em estado final.
Fonte: autoria própria.

Detecção de cloro em leite:

Determinar adulteração no leite por adição de cloro, a fim de impedir sua
utilização. A análise em questão é realizada de acordo com a Instrução
Normativa n68, de 12 de dezembro de 2006 e baseia-se na formação de iodo
livre a partir de iodeto de potássio, pela ação do cloro livre ou hipoclorito.
Materiais utilizados:
• Iodeto de Potássio 7,5%
• Pipeta Graduada de 5ml
• Tubo de ensaio 18x180mm

  1. Pipetar no tubo de ensaio 5ml de leite
  2. Adicionar 0,5ml de Iodeto de Potássio 7,5%.
  3. Agitar e observar a coloração do meio
    Coloração AMARELA: Presença de cloro-Positivo.
    Não há alteração de cor: Ausência de Cloro-Negativo.
    Coloração AZUL OU VIOLETA: Confirmação da Presença de Cloro-Positivo.
    Detecção de cloreto em leite:
    Detectar adulteração no leite por adição de cloretos, objetivando impedir sua
    utilização. A análise em questão baseia-se na precipitação de cloretos sob forma
    de cloreto de prata, tornando a amostra amarela.

    Figura 7: nitrato de prata
Fonte: autoria própria.

Materiais utilizados:
• Pipeta graduada de 1ml;
• Pipeta graduada de 10ml;
• Pipeta graduada de 5ml;
• Solução de Cromato de Potássio a 5%;
• Solução de Nitrato de Prata 0,1N;
• Tubo de ensaio 20x200mm.

Análise Realizada:

  1. Pipetar a quantidade da pipeta de amostra de leite e descartar;
  2. Pipetar no tubo de ensaio 10ml de leite;
  3. Adicionar 0,5ml de solução de cromato de potássio a 5%;
  4. Adicionar 4,5ml de solução de nitrato de prata 0,1 N;
  5. Homogeneizar a solução;
  6. Interpretar alteração na coloração.
    AMARELO: Positivo.
    Tons de LARANJA ou BEGE: Negativo.
    Figura 8: resultado na detecção de cloreto no leite.
    Fonte: autoria própria.
    Detecção de substâncias alcalinas em leite:
    O objetivo é verificar a presença de substâncias alcalinas capazes de reduzir
    a acidez do leite, objetivando impedir a sua utilização. A presença destas
    substâncias caracteriza fraude no leite. A análise se baseia na reação entre o
    ácido rosólico e as substâncias alcalinas, deixando a amostra com coloração
    VERMELHA.
    Materiais utilizados:
    • Ácido Rosólico 2%;
    • Álcool Etílico Neutralizado;
    • Pipeta Graduada de 10ml;
    • Pipeta Graduada de 5ml;
    • Tubo de ensaio de 18x180mm.
    Análise Realizada:
  7. Pipetar a quantidade da pipeta de amostra de leite e descartar;
  8. Pipetar no tubo de ensaio 5ml de leite;
  9. Adicionar 10ml de álcool etílico neutralizado;
  10. Agitar;
  11. Adicionar 2 gotas de ácido rosólico 2%;
  12. Agitar;

Observar alteração na coloração da solução.
Coloração VERMELHA: Presença de Alcalino-P (Positivo).
Coloração ALARANJADA: Presença de Alcalinos-N (Negativo).
Análise de sacarose em leite:
Detectar possível adulteração no leite por adição de sacarose, com
finalidade de impedir sua utilização. Fundamenta-se na condensação da
resorcina, em meio ácido, com as aldoses, dando um composto de coloração
rósea.
No método utiliza-se 0,1g de resorcina em solução de 10%, dessa forma
passa a ser 1ml para a análise.




Figura 9: analise da sacarose.

Fonte: autoria própria.

Materiais utilizados:
• Ácido Clorídrico P.A;
• Resorcina 10%;
• Tubo de ensaio;
• Pipeta Graduada de 1ml;
• Pipeta Graduada de 10ml;
• Pipetador;
• Banho-maria fervente;
• Suporte para tubos de ensaio;
• Relógio despertador digital.
Detecção de formaldeído (formol) em leite:
O objetivo é avaliar a presença de formol no leite, adicionado fraudulamente
a fim de conservar suas propriedades físico-químicas, inibindo o
desenvolvimento de microrganismos contaminantes. O formaldeído aquecido
com ácido cormotrópico em presença de ácido sulfúrico origina um produto de
condensação que oxidado posteriormente transforma-se em um composto pquinoidal de coloração violeta.
Materiais utilizados:
• Balão para destilação, com rolha de vidro;
• Béquer;
• Banho-maria fervente;
• Condensador serpentina;
• Cronometro;
• Manta aquecedora;
• Pipeta Graduada de 1ml;
• Pipeta Graduada de 2ml;
• Pipeta Graduada de 5ml;
• Pipetador;
• Tubo de ensaio com tampa.
Procedimento:

Método pelo reagente formol free

  1. Colocar 1ml de leite no frasco em um tubo de ensaio;
  2. Adicionar 1ml do reagente;
  3. Homogeneizar a amostra;
  4. Aguardar 5 minutos.
    (Positivo para formol-a amostra fica AMARELADA, Negativo para formol-a
    amostra não sofre alteração de cor).
    Análise da densidade do leite:
    Essa análise tem como objetivo verificar a relação massa(g)/volume(l) do
    leite.
    Consiste na imersão de um densímetro de massa constante no líquido
    provocando deslocamento de uma quantidade deste, que será igual à do
    densímetro utilizado e em volume, proporcional à densidade da amostra. Esse
    deslocamento fará o líquido alcançar um valor na escala graduada em graus
    densitométricos. Esses valores variam de acordo com a Instituição Normativa
    n°68, de 12 de dezembro de 2006.
    Materiais utilizados:
    • Proveta Graduada de 250ml;
    • Tabela de Densidades Básicas;
    • Termolactodensímetro de Quevenne Tp15°C Calibrado.
    Análises Realizadas:
  5. Lavar o termolactodensímetro e proveta com um pouco da amostra a ser
    analisada;
  6. Colocar 250ml da amostra na proveta, lentamente, para evitar a formação
    de espuma.
  7. Mergulhar o termolactodensímetro na proveta cuidadosamente, para que
    o mesmo não encoste às paredes da proveta.
  8. Aguardar a estabilização do termolactodensímetro.
  9. Checar a temperatura e a densidade no termolactodensímetro.
  10. Verificar a tabela de correção a densidade real da amostra, cruzando o
    resultado da temperatura lida com a densidade lida.
    Figura 10: Termolactodensímetro de Quevenne
Fonte: autoria própria
  1. Determinação de álcool etílico em leite:
    Identificar a presença de álcool etílico no leite, que pode ser adicionado a fim
    de aumentar o teor de sólidos ou mascarar a fraude por adição de água. Na
    presença de álcool etílico em meio ácido ocorre a redução do Cromo+6 a
    Cromo+3, modificando a coloração da solução sulfocrômica.

    Figura 11: soluções de sulfocrômica e antiespumante.
Fonte: autoria própria.

Materiais:
• Bastão de vidro;
• Kitazato de 500ml;
• Pipetas Graduadas de 5ml e 10ml;
• Placa aquecedor;
• Proveta de 100ml;
• Rolha de borracha;
• Solução antiespumante 3%;
• Solução Sulfocrômica;
• Tubo de ensaio;
• Tudo de silicone ou látex.
Análises realizadas:

  1. Medir em uma proveta 100ml de leite;
  2. Transferir para o kitazato;
  3. Adicionar 10ml de solução antiespumante 3%;
  4. Homogeneizar a solução;
  5. Transferir para um tubo de ensaio de 2ml da solução sulfocrômica;
  6. Mergulhar na solução sulfocrômica a extremidade da pipeta de Pasteur
    acoplada ao kitazato por um tubo de silicone ou látex de modo a formar
    um sistema fechado;
  7. Aquecer a amostra contida no kitazato mantendo fervura por 5 minutos.
    NEGATIVO: coloração da solução sulfocrômica inalterada ou levemente
    amarelo-acinzentada.
    POSITIVO: coloração da solução sulfocrômica verde.
    INTERFERENTE: formaldeído.
    Figura 12: processo.

Acidez Dornic em leite:
Determinar a acidez em leite com a finalidade de classificar o nível de
acidificação para aceitação ou rejeição do produto e verificar seu estado de
conservação.
De acordo com a instrução normativa n 68, de 12 de dezembro de 2006,
avalia-se a acidez titulável utilizando um indicador que produz ou altera sua
coloração inicial para levemente rosada, com a neutralização do ácido livre do
leite, até o momento em que todo ele desaparece tornando o meio neutro. A gota
seguinte de solução básica torna o meio que estava neutro em ligeiramente
alcalino e o indicador que é incolor em meio ácido neutro, torna-se rosado no
meio alcalino, indicando o grau de acidez do produto.
Materiais:
• Acidímetro de dornic
• Béquer ou copo plástico.
• Frasco conta-gotas
• Indicador fenolftaleína alcoólica 1%
• Pipeta graduada de 10ml
• Solução Dornic
Análises realizadas:

  1. Pipetar a quantidade da pipeta de amostra e descartar;
  2. Pipetar em um béquer ou copo plástico 10ml da amostra de leite;
  3. Adicionar de 4 a 5 gotas da solução indicadora de fenolftaleína alcoólica
    1%;
  4. Titular com solução Dornic, gotejando sob agitação até viragem da
    solução para coloração rosa persistente por 30s;
  5. O resultado é o volume gasto de solução titulante x 10.
    Figura 13: créditos ao membro responsável pelos testes realizados.
Fonte: autoria própria

Resultados:


Nelore apresentou nos testes:
• Nível de gordura mínima possível.

Girolando não apresentou nenhum resultado fora do permitido.
Holandês apresentou nos testes:
• Nível de gordura abaixo do mínimo;
• Extrato seco total abaixo do mínimo.

Búfala apresentou nos testes:
• Alizarol;
• Acidez;
• Densidade acima da permitida;
• Nível alto de gordura.
Todos esses dados de onde tiramos a medida de valores para nos termos
uma base de comparação fora apresentada pela Usina de Laticínios Jussara
S/A, filial de Iturama-MG, de onde foi realizado nossos testes.
Esses testes foram realizados somente uma vez e fora tirado de somente
uma amostra de cada espécie, sendo possível haver alteração nos dados caso
apresente uma adequação em seus meios alimentares. Porem no caso do nível
de gordura da espécie bubalina realmente apresenta um nível elevado de
gordura.

Referências bibliográficas:
ACNB. (2006). A Origem. Fonte: Nelore: http://www.nelore.org.br/Raca
Gonsales, S. A. (11 de Março de 2021). Girolando: produção de leite,
características e história. Fonte: milkpoint:
https://www.milkpoint.com.br/artigos/producao-de-leite/raca-girolandohistoria-caracteristicas-e-producao-224447/
Holandês, L. (s.d.). Saiba como surgiu a raça holandesa. Fonte: Laticínio
Holandês: https://laticiniosholandes.com.br/saiba-como-surgiu-a-racaholandesa/
Marshall, M. (28 de Março de 2019). Por que a evolução levou o ser humano a
beber leite, contrariando a biologia. Fonte: BBC News:
https://www.bbc.com/portuguese/vert-cap-47599056
Valente, L. (14 de Setembro de 2019). Qualidade do Leite de bufala e benefísios
a saúde. Fonte: USP ESALQ – DIVISÃO DE COMUNICAÇÃO:
https://pipoca.esalq.usp.br/sistemas/webdvcomun/arquivos/qualidadedo-leite-de-bufala-e-beneficios-a-saude-1.pdf


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